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A 300 metros do Samu de Diadema, morador de rua convulsiona e não é socorrido

Após uma hora de espera, vítima teve de ser resgatada por uma viatura da Guarda Civil Municipal

  • O Samu foi acionado e confirmou o óbito no local do acidente.
    Foto: Reprodução
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 06/02/2023
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Após uma hora de espera, vítima teve de ser resgatada por uma viatura da Guarda Civil Municipal

ambulância do samu de Diadema

A 300 metros do Samu de Diadema, morador de rua convulsiona e não é socorrido. Foto: Divulgação

Um morador de rua de Diadema convulsionou, bateu a cabeça e teve de aguardar por mais de uma hora para ser socorrido na Praça Lauro Michels, que fica a 300 metros da base do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Apesar de transeuntes acionarem o serviço por volta das 8h50, nenhuma equipe compareceu no loca até às 10h.

O fato revoltou os populares, porque além do corte profundo na cabeça, o morado sangrava pelo nariz.

Diante do fato, testemunhas acionaram uma viatura da GCM (Guarda Civil Municipal) que passava pelo local e uma equipe de agentes de segurança, mesmo não tento o veículo adequado para o transporte de doente, socorreu a vítima a levando para o Quarteirão da Saúde que também fica a 150 metros do local onde o morador de rua passou mal.

Essa não é a primeira vez que moradores de Diadema acionam o ABCD Jornal para reclamar que muitos atendimentos do Samu têm demorado na cidade. Em outubro do ano passado, um idoso passou mal no ponto de ônibus que também fica ao lado da Praça Lauro Michels e ficou 1h30 aguardando pelo Samu que também não apareceu. Na ocasião uma viatura da GCM também teve de levar o doente até o pronto socorro.

Morador de Rua de Diadema

Morador aguardou por uma hora e Samu não apareceu na Praça Lauro Michels.

Nota da Prefeitura

A prefeitura enviou nota ao ABCD Jornal e informou que na primeira ligação recebida pelo Samu, o regulador avaliou atendimento como “ocorrência considerada de prioridade baixa”, mas quando recebeu um segundo telefonema mudou a classificação. A informação é que uma  ambulância chegou a ir no local, mas o morador tinha sido socorrido.

 Leia a íntegra:

“Em atendimento a sua solicitação, a Assessoria de Imprensa esclarece que todos os chamados feitos ao SAMU são atendidos, triados e classificados pela regulação médica, seguindo os Protocolos de Classificação de Risco, no qual é dado prioridade clínica para os casos mais graves.

No referido atendimento, a partir das informações fornecidas ao profissional regulador na primeira ligação, o caso foi classificado como Verde, ou seja, ocorrência considerada de prioridade baixa, cujo envio da ambulância de suporte básico poderia aguardar.

Somente na segunda ligação feita ao SAMU é que foram fornecidos novos dados clínicos do paciente. Diante das novas informações, o regulador mudou a classificação e priorizou o acionamento da ambulância, entretanto, ao chegar ao local, o paciente há havia sido removido.

Sobre a média de tempo, os números variam conforme a classificação de risco.

O SAMU Diadema não registra falta de funcionários e nem de ambulâncias. Ao contrário, segundo diretrizes do Ministério da Saúde, a cada 100 mil habitantes, é necessário uma ambulância de suporte básico e, a cada 500 mil, uma de suporte avançado. Atualmente, Diadema conta com 10 ambulâncias de suporte básico e duas de suporte avançado. Além disto, o município investiu na reformulação da base (Saiba mais em: https://portal.diadema.sp.gov.br/samu-diadema-ganha-nova-estrutura-para-atendimento/) e na modernização dos equipamentos (Saiba mais em: https://portal.diadema.sp.gov.br/equipamentos-modernos-qualificam-o-atendimento-do-samu/) para aprimorar ainda mais a assistência prestada à população”.

Morador de rua de Diadema

Populares acionaram uma viatura da GCM que passava pelo local para socorreu o morador devido à demora do Samu.