Dos 28 vereadores, 17 assinaram documento para apurar denúncia publicada pelo Estão sobre suposta propina no governo passado
A denúncia de suposto pagamento de propinas em São Bernardo na gestão do ex-prefeito Luiz Marinho (PT) e que teria sido feito pela construtora OAS motivou a instauração de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal, aprovada nesta quarta-feira (28/08), após receber 17 assinaturas dos vereadores. A acusação foi noticiada pelo jornal O Estado de S.Paulo, no último domingo (25/08),
Autor do protocolo, o parlamentar bispo João Batista (Republicanos), defendeu uma investigação minuciosa, uma vez que, de acordo com a reportagem do Estado de S.Paulo, pelo menos R$ 12 milhões supostamente teriam sido desviados em contratos entre a construtora e a gestão petista.
A oficialização da CPI ocorreu durante a sessão ordinária e vai questionar o histórico no município, a partir da delação premiada do ex-superintendente administrativo da OAS José Ricardo Nogueira Breghirolli para a Polícia Federal de que havia um esquema de pagamento de propinas entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão para agentes públicos, e que no total foram pagos cerca de R$ 12 milhões durante os anos de 2010 e 2014, período do governo de Luiz Marinho e que abrangeriam parte uma série de obras feitas pela empreiteira na cidade, entre elas, o início do Piscinão do Paço.
“É um fato que nos preocupa, pois a questão crucial é a seguinte, precisamos saber de fato quem são os agentes públicos que estão envolvidos, principalmente em relação ao Piscinão do Paço, obra que ficou paralisada, uma ferida a céu aberto, exposta, prejudicando o trânsito, prejudicando o comércio de São Bernardo por dois anos”, disse o autor do requerimento.
A bancada do PT saiu em defesa do ex-prefeito de São Bernardo. Os petistas acreditam que a ideia da instauração da CPI é “desgastar a imagem de Marinho”, porque ele vai disputar as eleições municipais do ano que vem.
