
A Polícia Civil de São Paulo investiga a possibilidade de que Adir de Oliveira Mariano, 46 anos, seja o homem que morreu na violenta explosão seguida de incêndio ocorrida na noite de quinta-feira (13) na Rua Francisco Bueno, no Tatuapé.
Adir, que morava na residência há cerca de 40 dias, já havia sido investigado pela polícia em 2011 por suspeita de pertencer a um grupo de baloeiros em São José dos Campos, prática considerada crime ambiental por causar risco de incêndios. Embora tenha sido absolvido pela Justiça em 2015, publicações em suas redes sociais demonstram seu interesse pela prática, que utiliza papel, cola, vela e fogo, elementos essenciais para balões e, frequentemente, fogos de artifício.
Investigação e Confirmação do óbito
O corpo carbonizado encontrado no local pelo Esquadrão de Bombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) está sendo examinado pelo Instituto Médico Legal (IML). O laudo necroscópico é aguardado para a confirmação oficial da identidade.
O delegado Felipe Soares, da 5ª Delegacia Seccional Leste, informou que, dado o fato de Adir estar sozinho no imóvel no momento do incidente e o sumiço dele desde quinta-feira, tudo indica que ele seja a vítima. Familiares já tentaram, sem sucesso, realizar o reconhecimento no IML.
A principal hipótese das autoridades é que o armazenamento irregular de fogos de artifício na casa tenha causado a explosão.
O Desastre e as Consequências
O incidente na Zona Leste resultou no óbito de uma pessoa e deixou dez feridos que não correm risco, além de danificar carros e quebrar vidros de imóveis vizinhos. A Defesa Civil interditou 23 casas nas proximidades.
O caso foi registrado no 30º Distrito Policial (DP) do Tatuapé como crimes de explosão, lesão corporal e crime contra o meio ambiente por fabricar, vender ou soltar balões.

Irmão do Morador Se Manifesta
A advogada Fernanda Nunes Canno, que representa Alessandro de Oliveira Mariano, irmão de Adir, informou em nota que Alessandro era o locatário do imóvel há cerca de nove anos, mas não residia mais no local, e que não tinha conhecimento de que Adir estava morando na casa.
Os irmãos não se falam há sete anos. Alessandro foi ouvido pela investigação por constar como inquilino, mas a família aguarda a confirmação oficial do IML sobre a identidade da vítima.
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