
Obras paradas, canteiros que avançam em ritmo lento e o incômodo constante de comerciantes da região do ABC Paulista são a realidade do BRT-ABC. Diante das reclamações sobre os atrasos na construção, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, endureceu o tom nesta sexta-feira (29/08) e prometeu uma cobrança mais rigorosa sobre a empresa responsável pela obra. Em entrevista coletiva à imprensa, ele afirmou ao ABCD Jornal que a ideia é impor sanções, multas e até mesmo a “caducidade da concessão”, ou seja, a rescisão do contrato.
De acordo com Tarcísio, a insatisfação com o ritmo do projeto é grande e compartilhada pelo governo. “A gente está muito desconfortável com as obras do BRT”, disse. O cronograma inicial prevê a conclusão para outubro de 2026, mas, segundo o governador, “se a gente continuar trabalhando em um turno único, a gente não vai cumprir o cronograma”.
Mais turnos
Para tentar acelerar a construção, o governador planeja exigir da empresa a contratação de mais equipes e a execução da obra em “mais de um turno”. Caso não haja uma mudança significativa, a promessa é aplicar “todas as sanções contratuais”.
O governador também anunciou que a fiscalização da obra será transferida para a ARTESP (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), que, segundo ele, tem a estrutura e capacidade para fazer a regulação de forma mais profissional. Atualmente, essa função é exercida pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), que será extinta.
A transferência da gestão para a ARTESP, na visão do governador, trará um novo nível de cobrança e seriedade para o projeto, garantindo que as metas sejam cumpridas e as reclamações dos comerciantes e da população sejam levadas a sério.
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