Prefeitura de São Caetano inciou o depósito R$ 210 na conta dos pais de 22 mil alunos
O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), anunciou nesta segunda-feira que a partir de 2020 serão distribuídos cartões de crédito aos pais de alunos para a compra de uniformes escolares. Atualmente são depositados em conta bancária R$ 210.
De acordo com Auricchio, o cartão trará facilidades, pois há moradores que não possuem conta em banco. Os depósitos neste ano começaram em 16 de janeiro e cerca da metade dos 22 mil alunos já foram contemplados com o benefício. A prefeitura informa que o valor precisa ser usado em qualquer malharia exclusivamente para aquisição do kit composto por sete peças (duas camisetas de manga curta, uma de manga longa, uma jaqueta com capuz, duas calças e uma bermuda).
O valor total do investimento atingiu neste ano R$ 4,8 milhões. Ao ser questionado sobre os pais que não prestam contas, o prefeito informou que gira em torno de 5% e essas pessoas não podem continuar cadastradas no programa.
“Esse modelo é inovador e tem sido muito bem visto pelo Tribunal de Contas, pois barateia e facilita o processo, é mais transparente e permite que o valor investido permaneça no desenvolvimento econômico local. É um formato moderno. As prefeituras têm, cada vez mais, de se tornar um agente facilitador, e não um agente provedor. E é um modelo que vai se aperfeiçoando, mas não volta atrás, seria um retrocesso”, afirmou o prefeito.
A Secretaria de Educação, comandada por Janice Paulino, informou que uniformes adquiridos em 2018 poderão ser utilizados neste ano. Novos alunos terão prazo de até 60 dias para que estejam com os novos uniformes – nesse período, deverão assistir às aulas com roupas normais. As aulas começam em 7 de fevereiro.
Atraso
O material escolar será entregue com 40 dias de atraso, ou seja, os alunos só contarão com esse benefício no fim de março. Em 2019, a Prefeitura de São Caetano aderiu à Ata de Registro de Preços da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), do Governo do Estado de São Paulo, responsável pela compra do material. Auricchio lamentou o atraso, mas acredita que o governo vai trabalhar para antecipar esse prazo. “Abandonamos o sistema tradicional de compras, não tem sentido era um custo muito oneroso e que tínhamos pouco controle sobre ele. A fundação compra para o estado inteiro, o que nos garante, além da melhor compra, nos garante também prazos. (Esse atraso) preocupa, mas acho que deve antecipar, é ruim para as crianças ficar 40 dias sem material escolar”, concluiu Auricchio.
