Desde quinta-feira passada (02/05) presas da Penitenciária Feminina de Sant’Ana, que fica na avenida Ataliba Leonel, começaram a ficar doenças e famílias temem que pode ser uma epidemia. Até domingo (05/05) 150 detentas apresentaram os mesmos sintomas e algumas tiveram de ser levadas para o hospital. A Unidade de Vigilância em Saúde de Santana, que atua nas áreas Vigilância Ambiental, Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológica,foi notificada das ocorrências e está acompanhando o caso.
A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou que presas foram encaminhadas para a enfermaria com sintomas de amigdalite bacteriana, doença que se propaga rapidamente em ambientes fechados.
“Foram convocados médicos que atendem na unidade para realizarem os atendimentos, que ocorreram até domingo. Nesse período, 150 presas foram atendidas, sendo que seis apresentavam sintomas mais graves e foram encaminhadas ao Hospital Mandaqui para atendimento e realização de exames”, informou.
De acordo com a Secretaria, todas foram atendidas e medicadas, retornaram à unidade e estão sendo acompanhadas pela equipe médica da penitenciária. Os médicos do hospital também apontaram como hipótese amigdalite bacteriana e descartaram a hipótese de outras doenças graves com os sintomas parecidos.
“Os médicos aconselharam orientar a população para evitar compartilhamento de utensílios, cobrir a boca com a mão ao tossir, lavar a mão várias vezes por dia e evitar aglomerações. As orientações foram repassadas no domingo, tanto para as presas como para os visitantes, e nesta segunda-feira (06/05) a equipe de saúde reforçou as orientações”, afirmou a nota.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, as três refeições(café, almoço e jantar) fornecidas às presas seguem cardápio previamente estabelecido por nutricionistas, sendo balanceadas com cereais (arroz, trigo, fubá, etc), carne bovina, carne de frango, macarrão, feijão, frutas, legumes e verdura e etc, respeitando a legislação vigente, não sendo verídica a informação sobre comida estragada.
Familiares de presas afirma que existe racionamento de água no local, mas a secretaria nega. “Assim como as demais unidades prisionais do Estado, a PF de Sant’Ana combate o desperdício no uso da água, incentivando seu uso racional, não havendo prejuízo na higienização pessoal, das celas ou no consumo”, concluiu.
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